quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Coletivo Caimbé promove ação cultural em comunidade indígena

O Coletivo Caimbé e a Secretaria Municipal de Educação de Boa Vista fazem neste sábado, 3 de setembro, o encerramento das atividades do programa federal Mais Cultura na escola indígena Tuxaua Albino de Morais, na Terra Indígena São Marcos. 



 O Programa Mais Cultura consiste em uma iniciativa interministerial, firmada em 2014 entre os Ministérios da Cultura (MinC) e da Educação (MEC), com a finalidade de fomentar ações que promovessem o encontro entre o projeto pedagógico de escolas públicas contempladas com os Programas Mais Educação e Ensino Médio Inovador e experiências culturais em curso nas comunidades locais e nos múltiplos territórios.


Em 2014, foram selecionados em todo o país cerca de cinco mil projetos de escolas públicas. No município de Boa Vista, a única proposta apresentada para ser desenvolvida em área rural ou terra indígena foi elaborada pelo Coletivo Caimbé, organização social informal que desde 2009 atua em Roraima promovendo ações no segmento da literatura, livro, leitura e artes integradas. 


“Ficamos muito felizes pela oportunidade de mais uma vez trabalhar em terras indígenas. Desde o ano passado as viagens à comunidade Ilha integraram a rotina de nossa equipe. Levamos artistas, ativistas culturais e arte-educadores para conviver com as crianças e trocar experiências e conhecimento. Com certeza, todos foram positivamente transformados pela experiência cultural”, afirma o escritor Edgar Borges, articulador do Coletivo e elaborador do projeto que levou as ações até a reserva São Marcos.

PROGRAMAÇÃO -  As ações no sábado (3/9), começam às 9h30, com a apresentação do coral Fonte de Água Viva, formado por crianças da comunidade que participam do programa federal Mais  Educação, também gerenciado pela Smec. 

Haverá também duas exposições, uma produzida pelo Coletivo  Caimbé  com registros fotográficos dos encontros do programa, e outra com o livro cartonero produzido pelas crianças a partir das oficinas ministradas.  Além disso, o Coletivo exibirá um clipe com fotografias digitais das atividades. 


Os músicos André Ramos, Gerisson Júnior e Gerisson Oliveira, moradores da comunidade, farão uma apresentação para os pais e crianças e na sequência será exposto à comunidade a iniciativa da Biblioteca Comunitária Ilha, que permitirá a todos os moradores ter acesso livre ao acervo bibliográfico da escola. 

“Tivemos essa ideia de retirar os livros da sala e colocá-los mais próximos das crianças e da comunidade. As equipes gestoras da Secretaria Municipal de Educação e da escola a consideraram interessante e agora vão implantá-la. Assim, qualquer pessoa da comunidade que quiser ler uma obra do acervo poderá pegá-la emprestada. O resultado esperado a médio e longo prazo deve é o aumento do índice de leitura na comunidade. Com isso, serão mais crianças, jovens e adultos ampliando suas visões de mundo”, diz Edgar Borges. 


O PROGRAMA - O Coletivo iniciou no primeiro semestre de 2015 as atividades na Escola Indígena Tuxaua Albino de Morais, localizada na comunidade Ilha, Terra Indígena São Marcos, Roraima. Foram desenvolvidas, entre outras atividades, oficinas de artes visuais, aulas de capoeira, exibição de filmes animados e produção de livros cartoneros.  

Diversos artistas e grupos participaram das ações na comunidade Ilha. O cordelista Otaniel Souza e a poeta Adília Quintelas, acompanhada da pequena Isabela Santana, conversaram com as crianças, contaram histórias e fizeram sessões de desenho. 



Os artistas visuais e arte-educadores Sulivan Barros e Marcelo Santa Isabel também fizeram parte deste trabalho ministrando oficinas de artes. Junto com as crianças, produziram desenhos, ilustrações, colagens e brinquedos artesanais. 


A cultura afro-brasileira fez parte das atividades do Mais Cultura. O professor Ongira, mestre do grupo de capoeira Angola Palmares, foi até a comunidade para ensinar os movimentos básicos da dança-luta. As crianças também protagonizaram uma roda de capoeira, gingando, tocando os instrumentos e cantando as músicas tradicionais do jogo. 

A música esteve presente na comunidade Ilha durante o Mais Cultura. Os convidados promoveram sessões de canto com as crianças, ensinando-lhes cantigas populares e outras canções. Além disso, houve tempo para bater bola, para a queimada e outros jogos. Afinal, cultura também é brincar. 

As atividades do Coletivo Caimbé ganharam a parceria do Coletivo Comics Fãs RR, formado por colecionadores de histórias em quadrinhos e bonecos de ação. A turma levou para a comunidade Ilha parte de seu material e distribuiu gibizinhos para as crianças, que também participaram de uma sessão de cinema e de uma oficina de desenho.


As crianças e adultos da comunidade Ilha também participaram de exibições de animações infantis brasileiras e internacionais, tendo assim a oportunidade de ampliar o seu repertório audiovisual. Após cada sessão, havia uma rápida troca de ideias sobre o conteúdo dos filmes e a hora do desenho, quando colocavam no papel as cenas mais impactantes de cada história.


A poeta Zanny Adairalba ministrou uma oficina de produção de livros cartoneros, feitos a partir do reaproveitamento de caixas de papelão. Para compor a capa e a parte interna do livro, as crianças produziram ilustrações usando diversas técnicas, entre elas aquarela e colagem. A ação serviu para mostrar as possibilidades do reuso em sala de materiais que geralmente são descartados. 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

E fomos fazer o Sarau da Lona Poética em Manaus!

Gente linda!

Demos um pulo de mais de 800 km até Manaus na semana passada para fazer nossa primeira edição do Sarau da Lona Poética fora de Roraima. 

Chegamos na capital do Amazonas com um grupo  bonito e animado formado pelos poetas, músicos e artistas visuais Rodrigo Mebs, Carol Alcoforado, Felipe Thiago, JJ Vilela, Zanny Adairalba, Edgar Borges, Sulivan Barros, Lai Dantas e o pequeno Edgar Borges Bisneto. 

O convite para atravessar a selva amazônica em direção a Manaus partiu do Sesc, que nos chamou para integrar a programação do projeto Sesc Amazônia das Artes, uma ação do que promove o intercâmbio cultural entre os estados amazônicos. 

O Sarau rolou dia 11 de agosto no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no Centro de Manaus. O público foi um pouquinho diferente do que costuma nos prestigiar nas ações em Roraima: crianças com idades entre 3 e 13 anos, todas lindas, todas fofas, todas animadas  

A turma do coletivo interagiu com as crianças fazendo poesia e cantando, apresentou seus poemas e músicas e ficou muita alegre com a receptividade dos pequenos, que não tiveram nenhum medo de ler poemas ou cantar para nós e com nós. 

Aliás, pensando bem, talvez tenha sido o público que mais interagiu na hora do microfone aberto desde que começamos a fazer saraus, lá em 2009. A meninada cantou parlendas, músicas pop, veio em trio, leu poemas...foi lindo demais!






















Agradecemos muitão ao pessoal do Sesc Amazonas pela recepção e ao Sesc Roraima pelo convite para levar a arte de nosso estado para outros lugares e esperamos que outras instituições e organizações públicas e privadas que lidam com o setor cultural sigam o seu exemplo e valorizem a literatura, o livro e a leitura em suas ações. 


Ô, tem mais fotos em nosso álbum no facebook.com/coletivocaimbe. Chega lá e compartilha com os amigos!

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Manaus recebe o Sarau da Lona Poética nesta quinta (11/08)

Gente lindamente amazônica, vai ter sarau lá no Amazonas!

A trupe de poetas, músicos e artistas visuais do Coletivo Caimbé chega a Manaus nesta quinta-feira (11/08) para apresentar e representar a arte de Roraima com uma edição do Sarau da Lona Poética na capital amazonense. 




O Coletivo Caimbé viajará representado pelos poetas, músicos e artistas visuais Rodrigo Mebs, Carol Alcoforado, Felipe Thiago, JJ Vilela, Zanny Adairalba, Edgar Borges, Sulivan Barros e Lai Dantas, que montaram um sarau-espetáculo com blocos de músicas e poesias com obras próprias e de outros 
autores. 


JJ Vilela
Rodrigo Mebs e Carol Alcoforado
Além disso, haverá sorteio de livros de autores roraimenses, uma exposição de obras de artes de parte da nova geração de artistas visuais roraimenses: Guaracy Costa, Georgina Ariane, Sulivan Barros, Mateus Forte, Matheus Alencar,Rhafael Porto, Tafinis Said e Roberto Costa.

Também serão distribuídos fanzines produzidos pelo Coletivo Caimbé e haverá a participação especial de Edgar Bisneto, de oito anos de idade, declamando poemas infantis.   

Edgar Bisneto
A realização do Sarau da Lona Poética em Manaus faz parte da programação do projeto Sesc Amazônia das Artes, uma ação do Serviço Social do Comércio (Sesc) que promove o intercâmbio cultural entre os estados amazônicos. 

Edgar Borges e Zanny Adairalba

O Sesc Roraima convidou o Coletivo Caimbé para fortalecer a conexão literária com o Amazonas. O Sarau vai acontecer na tarde desta quinta-feira (11), no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, Centro de Manaus. Conforme o escritor Edgar Borges, articulador do Coletivo, o grupo está feliz pela oportunidade de apresentar a Lona Poética em Manaus e assim colaborar para divulgar ainda mais a arte de Roraima em outros Estados. 


Sulivan Barros
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Felipe Thiago
“A Lona Poética já foi realizada em vários municípios e até numa comunidade indígena de Roraima. Também fomos o único sarau da região Norte a participar do 1º Encontro Nacional de Saraus,  realizado na Bienal do Livro do Rio de Janeiro em 2015. Continuar levando a nossa poesia, música e arte visual para outros lugares além de Boa Vista é estimulante e nos incentiva a continuar atuando”, afirma Edgar Borges. 

O Coletivo Caimbé é uma organização social informal que atua desde 2009 promovendo ações em diversas áreas culturais, especialmente no segmento literatura. Em Roraima, já desenvolveu trabalhos em oito municípios. Com esta viagem ao Amazonas, o grupo completa 10 estados visitados desde que iniciou seus trabalhos.

O Sarau da Lona Póetica é um encontro de poesia, artes visuais e música realizado mensalmente pelo Coletivo desde 2014. O evento é atualmente o único do gênero realizado continuamente em Roraima. Itinerante, tem entrada franca e aberta para pessoas de todas as idades. Nos momentos do microfone aberto, o público é estimulado a declamar ou cantar para os demais participantes, promovendo a troca de conhecimentos culturais e artísticos.

“O convite do Sesc nos deixou muito felizes. Para nós e outros ativistas culturais da área literária, seria muito importante que as demais instituições e organizações públicas e privadas que lidam com o setor cultural seguissem o seu exemplo e promovessem ações semelhantes em nosso segmento”, afirma Borges. 
O trabalho do grupo também pode ser acompanhado no facebook.com/coletivocaimbe e no twitter.com/coletivocaimbe